(Manuel Pinto - 7 Margens) Lá existência canónica da Comunidade Loyola é reconhecida em 1994, mas nessa altura havia já um percurso de cerca de dez anos atribulados em que se combinam a busca do carisma (provavelmente nunca encontrado), a adesão de mulheres, umas mais entusiasmadas do que outras, e uma prática de abusos espirituais e sexuais por parte daquele que fez as vezes da superiora – o padre jesuíta esloveno Marko Ivan Rupnik. A Comunidade instalou-se na localidade de Menges, nos arredores de Liubliana, na Eslovénia. O padre Rupnik era ali como que um oráculo e intérprete de Ivanka Hosta e ao mesmo tempo guia espiritual, confessor… e, de facto, diretor. Por outras palavras, no dizer de Ester (nome fictício), que publicou um depoimento sobre o seu caso no jornal Domani, “construiu um muro entre Ivanka e as outras irmãs da Comunidade, (...)